Ministério da Saúde começa a admitir que o vírus da gripe suína está substituindo o da gripe comum. Testes feitos em três laboratórios de referência mostram que 60% dos casos confirmados foram provocados pelo H1N1. Na Argentina e no Chile, o novo vírus é responsável por 90% dos casos de gripe.
O diretor de Vigilância em Saúde Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, afirma que as próximas semanas serão cruciais para confirmar a tendência de substituição do vírus da gripe sazonal.
Dados da Secretaria de Vigilância Epidemiológica mostram que a maior parte dos casos de gripe registrados no País (60%) ocorre entre pessoas de 20 a 49 anos. Mulheres apresentam tendência ligeiramente maior para casos mais graves. Até agora, dos pacientes que desenvolveram a nova gripe, 55,7% eram do grupo feminino.
Ontem, o ministério retificou o boletim divulgado no dia anterior, informando que eram 29 mortes por gripe suína - 5 a menos do que havia sido divulgado na quinta. A pasta cometeu um erro, contabilizando casos suspeitos como confirmados. No final do dia, porém, a Secretaria da Saúde de São Paulo confirmou mais 4 mortes, elevando para 33 o total no País.
O ministério também apresentou ontem a nova taxa de letalidade da gripe suína: 12,8%. Esse porcentual, no entanto, não pode ser comparado com taxas de letalidade da gripe comum, que é em torno de 0,4%.O ministério alterou a forma de cálculo do indicador de mortes pela gripe, que antes levava em conta os óbitos em relação a todos os casos da doença, graves ou não. A partir de agora, serão considerados para cálculo somente os casos graves. A mudança, de acordo com Hage, foi feita para se adaptar aos novos critérios de contagem da doença. Há alguns dias, os exames para confirmação do H1N1 passaram a ser feitos entre pacientes considerados de risco, casos graves ou suspeitas de surto.
Hage avalia que a predominância do vírus da gripe suína sobre o da gripe comum não terá efeitos práticos significativos. "Os estudos mostram que o comportamento da gripe comum são bem semelhantes ao da influenza A", garantiu. Até agora, porém, não há vacina pronta para prevenção do H1N1 e ainda não se sabe exatamente como o vírus se comporta.
Hage diz que comparações feitas em outros países, como Chile, mostram que o número de internações provocadas por gripe suína é semelhante ao que era registrado nos anos anteriores, com a gripe comum. O diretor de Vigilância em Saúde voltou a defender as alterações realizadas tanto para o diagnóstico quanto para tratamento da gripe suína. "A abordagem clínica não tem relação com resultado do teste. Quando o paciente chega com sinais de agravamento, ele deve receber o antiviral."
São sinais de agravamento: falta de ar e piora no estado clínico. A recomendação, diz Hage, repassada às secretarias, segue orientações da Organização Mundial da Saúde. Tem como objetivo reduzir o risco de resistência do vírus ao remédio e impedir que pacientes com outros tipos de infecção recebam medicamento sem necessidade. Atualmente, pessoas consideradas do grupo de risco devem receber medicamento tão logo tenham sintomas de gripe.


domingo, 26 de julho de 2009
quinta-feira, 23 de julho de 2009
sexta-feira, 17 de julho de 2009
terça-feira, 14 de julho de 2009
GRIPE SUINA É DOENÇA MUITO PERIGOSA

Todos os países precisarão de acesso a vacinas contra a gripe A H1N1, pois a pandemia é “incontrolável”, disse nessa segunda, dia 13, uma graduada funcionária da Organização Mundial da Saúde (OMS). Um grupo de especialistas em vacinas concluiu, depois de uma reunião recente, que “a pandemia de A H1N1é incontrolável e, portanto, todos os países precisam ter acesso às vacinas”, disse Marie-Paule Kieny, diretora de pesquisas de vacinas da OMS.
Mas a organização alerta: não haverá vacinas para todos e 1,8 bilhão de doses já foram adquiridas de forma antecipada por países ricos. No Brasil, o Instituto Butantã terá de doar 10% de sua produção de vacinas contra o vírus H1N1 à OMS.
Nessa segunda, a entidade anunciou recomendações para a produção de vacinas e quem deve ser os primeiros a ser vacinados. A vacina só ficará pronta em outubro, mas chegará ao mercado apenas em dezembro, depois de testes clínicos. Dentro da OMS, o temor é de que chegue tarde, já que a segunda onda da gripe no hemisfério norte possa começar com a chegada do inverno. Por isso, países com recursos já estão negociando com empresas.
Nessa segunda, o governo da Argentina informou que convidará os ministros da Saúde de Brasil, do Chile, do Uruguai, do Paraguai e da Bolívia para uma reunião para unificar estratégias contra a gripe A.
O governo de Cristina Kirchner procura concretizar o encontro para “compartilhar informação, definir posições e unificar critérios de olho na futura vacina, além de analisar os possíveis cenários da pandemia”.
A Argentina já confirmou oficialmente 94 mortes. No Uruguai, uma mulher de 22 anos, que na semana passada foi submetida à cesárea, é a 10ª vítima fatal da gripe no país.
ZERO HORA
quarta-feira, 1 de julho de 2009
ISSO É QUE É MEDO!!!!!
Assinar:
Postagens (Atom)